PASSADO E PRESENTE

20/08/2011 15:27

                                               No ano 1930 eu tinha apenas 16 anos de idade, mas ainda me lembro perfeitamente de tudo quanto acontecia publicamente no meu velho Campo Grande, principalmente os hábitos de pessoas das quais eu me aproximava diariamente. Uma destas pessoas que me deu muitas lições sobre modos de bem viver, foi o senhor João Batista de Farias ,que uma vez por mês recebia o jornal O Unitário ,recortava e colecionava todos os artigos de autoria do jornalista João Brigido. Campo Grande passou por uma imaginaria transformação até no nome, hoje Guaraciaba do Norte.

                                                A população na sua maioria era constituída por uma legião de analfabetos. Antigamente as casas da cidade, algumas chamadas até de casebre, durante o inverno eram protegidas por latadas cobertas com palhas de palmeira para evitar o seu desabamento. Hoje em vez dos analfabetos de outrora, temos profissionais liberais da melhor qualidade, dentre eles o professor Leonam Gomes, José Ronaldo, Messias Pontes, Vanda Farias, Marta Cléa, João Filho e Adriano Rubim, que alem das suas atividades particulares prestam valiosa colaboração ao jornalismo. Quanto a minha permanência em Guaraciaba do Norte, é meu dever em primeiro lugar agradecer a acolhida que eu e meus filhos, Jose augusto e Jose de Anchieta recebemos do Leildo, Aparecida e filhos.

                                              Diz um velho adágio que quem ri por ultimo ri melhor. Dentre as grandes emoções que senti em Guaraciaba do Norte, a maior de todas foi o meu encontro com o Adim, ”Gerardo Mendes Bezerra Filho”, em frente ao grêmio recreativo e cultural da cidade, daí acompanhei o Adim ate sua residência onde ele mandou nos servir bebida de baixo teor alcoólico acompanhada por tira gosto de laranja e castanha de caju. Sentados em confortáveis cadeiras sob a sombra de uma grande arvore minutos após nossa chegada, aproxima-se de nós uma elegante senhora, a esposa de Adim, de voz sonora como as notas de uma flauta, não a tendo reconhecido no primeiro instante ela identificou-se como sendo a Gracinha, filha do casal amigo, Joaquim de Melo Marinho e de sua esposa Luisinha Soares Marinho, já falecidos.

                                              Outras grandes emoções passei ao ser recebido com o maximo de gentileza pelo meu amigo Luizinho Ribeiro e sua esposa D.Zilda, que me homenagearam com vários presentes, tanto líquidos como sólidos.

                                             Em Várzea dos Espinhos ao visitar um afilhado que não via desde 1959, Luiz Ribeiro Fernandes, ele ausentou-se um pouco do local onde nos encontrávamos, perguntando a sua esposa pela ausência dele, ela respondeu-me que ele se encontrava na cozinha chorando. Ainda tenho muitas referencias sobre as horas que passei em Guaraciaba do Norte, mas tendo em vista que o jornal O Guaracy tem assuntos da maior relevância, vou ficando por aqui, e por questão de justiça não posso deixar de exaltar as palavras dirigidas a mim pelo caríssimo Adim, pela Gracinha e como menção especial a jovem vereadora Germana, detentora de um talento e de uma cultura invejável. Aos meus caros amigos e amigas dentre eles e elas o meu caro amigo Francisco Rodrigues Filho o meu muito obrigado. Para minha afilhada Gerarda Teotônio e seus filhos, um cordial abraço. Para os meus conterrâneos que neste momento não foram citados, o farei em outra oportunidade.

                                                                                                                               Fortaleza, 18-08-2011 

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